Sejam bem-vindos à Força de Aceleração! Ainda tirando o atraso do universo dos Novos 52, este mês vamos nos voltar totalmente para a saga Vilania Eterna, mais especificamente no que diz respeito à nossa querida Galeria, com o especial do mês dos vilões e a minissérie A Revolta da Galeria!

Todos por um
Roteiro: Brian Buccellato
Arte: Patrick Zircher
Cores: Nick Filardi
Editores originais: Harvey Richards, Wil Moss e Brian Cunningham
Publicação original: The Flash #23.3 (novembro de 2013)
Publicação nacional: Universo DC #23.3 (setembro de 2014) – Panini Comics

Até este momento, a Galeria ainda não tinha sido vista em sua versão clássica, com o Capitão Frio como líder, pois todos o culpavam pelo fiasco com a máquina que os deu poderes, mas que também queimou o Mick, prendeu o Sam no Mundo dos Espelhos e deixou Lisa em coma. Mesmo eles tendo perdoado o Capitão e permitido a sua participação na equipe, a líder era a Patinadora e não ele. Porém, é nessa história que isso muda, pois a Patinadora resgata o seu namorado, o Mestre dos Espelhos, do Mundo dos Espelhos, deteriorando ainda mais o seu corpo físico, fazendo com que sua projeção desapareça. Assim, Leonard Snart assume novamente o posto de líder, e seu primeiro ato é resgatar o Trapaceiro da prisão, pois “a Galeria cuida dos seus”.
O forte da Galeria sempre foi a caracterização dos personagens, e esse é o forte dessa história também. Cada vilão está bem caracterizado, com suas personalidades muito bem definidas. E, por isso, a dinâmica entre eles é tão boa, e é isso que segura a história e deixa o leitor satisfeito ao final, mesmo sem grandes acontecimentos.
Outro ponto forte dessa edição é o desenhista Patrick Zircher, que consegue fazer um estilo que lembra o Manapul, mas tem personalidade própria e boa dinâmica.

A Revolta da Galeria
Roteiro: Brian Buccellato
Arte: Patrick Zircher e Scott Hepburn
Cores: Nick Filardi
Editores originais: Harvey Richards, Wil Moss e Brian Cunningham
Publicação original: Forever Evil: Rogues Rebellion #1 ao 6 (dezembro de 2013 a maio de 2014)
Publicação nacional: Vilania Eterna #2 ao 7 (julho a dezembro de 2014) – Panini Comics
Essa minissérie, que no Brasil saiu junto com a saga principal, é sequência direta das edições especiais da Galeria e do Grodd do mês dos vilões. Nela, a Galeria volta pra Central City, após ouvir o discurso do Sindicato do Crime e decidir que eles não querem fazer parte disso. Ao chegar, eles encontram a cidade destruída pelo Grodd. A partir daí, segue-se uma série de perseguições do Sindicato contra a Galeria, com eles sempre fugindo e caindo nas garras de outros vilões.

O aspecto mais interessante dessa história é a caracterização dos personagens. Faz total sentido eles não compactuarem com o Sindicato e até ajudarem a polícia sob essas circunstâncias. E tudo isso é encarado de maneira individualizada, com cada personagem tendo suas próprias opiniões.
O Onda Térmica, por exemplo, é o que mais se aproxima do vilão clássico. Ele é contra ajudar os policiais e se preocupa apenas consigo mesmo, não aceitando a regra de que “a Galeria cuida dos seus”. O legal é ver essa personalidade mudando no final, quando ele finalmente entende a questão do companheirismo.

E foi bem importante o Capitão Frio ter sido retirado da história logo no início, mesmo que isso tenha sido uma decisão editorial, pois ele precisava estar na saga principal. Isso abriu mais espaço para o desenvolvimento dos outros personagens da Galeria, porque o Frio tem uma personalidade tão forte que sempre ofuscava os outros. Sem ele e sem a Patinadora, quem assumiu a liderança foi o Mestre dos Espelhos e pode ser bem desenvolvida a sua insegurança e falta de habilidade em comandar pessoas, além da preocupação com sua namorada, que estava hospitalizada. Sua insegurança era tanta que estava até afetando seus poderes, que voltam a funcionar assim que ele vê a Patinadora bem.
Por falar em poderes, logo no início o Morte Nuclear retira os poderes do Capitão Frio, obrigando-o a depender novamente de sua arma congelante. É bastante provável que isso tenha sido uma ordem editorial e é um retrocesso imenso no que estava sendo feito com eles. Na reformulação do universo do Flash, Manapul e Buccellato estabeleceram que as armas dos membros da Galeria tinham se “fundido” a eles, gerando superpoderes que simulavam em cada um a sua própria arma. A ideia foi excelente, pois aumentou o nível de ameaça deles e os colocou em um patamar mais próximo do Flash. Remover esse poder e voltar à velha arma é apenas apegar-se ao “clássico”, ignorando o avanço da mídia e impedindo a evolução dos personagens.

A estrutura da história é muito boa, pois é uma aventura clássica, onde os protagonistas vão sendo levados de um lugar para o outro, e, em cada um, eles precisam enfrentar vilões específicos. Acaba sendo bastante dinâmico, porque a equipe se divide, volta a se juntar e um membro morre (aparentemente). Isso torna a história bem divertida e prazerosa de se ler.
Enfim, a história é boa, e os tie-ins de Vilania Eterna no universo do Flash acabaram sendo bastante produtivos (e numerosos). Tirando a edição do Grodd, que foi horrível, todas as outras foram muito boas, e souberam aproveitar muito bem o que estava acontecendo no Universo DC.
Até o mês que vem e continuem correndo!
Pra comprar:
Flash na mídia (maio/2015):
- Grant Gustin fala sobre o multiverso na segunda temporada da série The Flash
- Por fim, vale a pena conferir os reviews dos episódios finais da série The Flash: 1×20, 1×21, 1×22 e 1×23.
Podcasts relacionados:
Flash é o homem mais rápido do mundo e o primeiro velocista dos quadrinhos. Assim como outros heróis da DC Comics ele tem um grande legado e teve várias identidades através dos anos, sendo que o primeiro deles foi Jay Garrick, batizado de Joel Ciclone no Brasil. Na Era de Prata veio Barry Allen, com o uniforme todo vermelho que passamos a conhecer, tendo sacrificado-se na Crise nas Infinitas Terras e passando sua identidade ao sobrinho Wally West, que ganhou sua própria revista tendo durado por cerca de 20 anos. Bart Allen, ex-Impulso, chegou a ser o Flash por pouco tempo, mas morreu e voltou como Kid Flash. Barry também está de volta e é o novo Flash do UDC em sua nova cronologia.
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